Mercado de escritórios em São Paulo mantém recuperação e segue aquecido em 2025
Em 2025, o mercado de lajes corporativas em São Paulo apresenta tendência promissora, refletindo a recuperação econômica e a crescente demanda por espaços de alto padrão. A taxa de vacância em edifícios “triple A”, por exemplo, caiu para menos de 10% no primeiro semestre de 2024 enquanto o setor de escritórios de forma geral caiu cerca de 5 pontos atingindo 18%. Tais dados indicam uma ocupação robusta e uma absorção líquida que superou o volume de novas entregas nesse período, sendo considerado um dos maiores volumes de locação da história, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. O crescimento foi impulsionado, principalmente, pelo retorno das grandes empresas ao trabalho presencial e pela necessidade de espaços mais amplos e modernos para acomodar os funcionários.
Taxa de vacância do mercado de escritórios
A redução na taxa de vacância também refletiu a maior confiança do setor empresarial na economia. Regiões tradicionais, como Itaim Bibi e Nova Faria Lima, continuam a ser altamente procuradas, com valores de locação ultrapassando R$ 300 por metro quadrado enquanto áreas como a Chucri Zaidan têm atraído empresas em busca de aluguéis mais competitivos. Entretanto, é preciso considerar que outras regiões emergentes como Pinheiros e Jardins também ganham destaque, atraindo empresas em busca de espaços modernos e bem localizados.
Novo estoque
A entrega de novos empreendimentos acompanha essa demanda. No segundo trimestre de 2024, foram adicionados três novos projetos: dois na Avenida Rebouças e um na Vila Olímpia. Além disso, mais de 100 mil metros quadrados de novas lajes corporativas estão previstos para serem entregues em 2025. As principais regiões beneficiadas serão Barra Funda, Chácara Santo Antônio, Itaim Bibi, Paulista, Pinheiros e Rebouças.
Um exemplo é o edifício JK Square. Com 31.341 m² de área locável distribuídos em 22 andares, o JK Square atende à crescente demanda por espaços de qualidade em localizações estratégicas.
Setores como tecnologia, publicidade e aviação lideram as novas locações, demonstrando a expansão desses segmentos na economia paulistana. A expectativa para 2025 é de continuidade na redução da vacância e valorização dos aluguéis, especialmente em regiões com baixa disponibilidade de espaços de alto padrão.
Tendências para 2025
Para 2025, a tendência é que o ritmo de locações continue forte, ao menos no primeiro semestre. O desafio, no entanto, está no cenário econômico global e doméstico, que pode afetar novos investimentos no segundo semestre. Juros elevados e oscilações cambiais são fatores que podem frear a expansão do mercado. Ainda assim, a demanda por espaços modernos e bem localizados deve manter a recuperação do setor ao longo do ano. A previsão é que a vacância geral caia para algo entre 14% e 16% até 2027, enquanto nos edifícios Triple A a taxa pode se estabilizar entre 12% e 13%.

Fonte: Estadão